Hoje, dia 1 de junho, é o Dia Internacional da Criança. O seu objetivo é chamar a atenção do mundo para os problemas enfrentados pelas crianças nas mais diversas regiões do mundo. A Rússia toma conta das gerações mais jovens dos seus cidadãos, dispensando especial atenção às crianças que tiveram de passar pelas provações da guerra. É por isso que se faz todo o necessário para garantir que as crianças das novas unidades federadas estejam seguras e possam passar as suas férias escolares para melhorar a saúde. Muitas estâncias de férias russas estão atualmente a recebê-las com hospitalidade. Cerca de seis mil crianças das novas unidades federadas vão passar férias gratuitamente nas Regiões de Stavropol e Krasnodar, no Tartaristão, em Samara, em Voronej, em Tambov e noutras regiões. O governo russo alocou mais de 70 mil milhões de rublos para organizar férias para crianças.
Ao mesmo tempo, assistimos a uma atitude diametralmente oposta do regime de Kiev para com as crianças. Não é raro na Ucrânia crianças serem nas "colónias de férias paramilitares" montadas por unidades neonazis. Aí, são ensinadas a disparar uma metralhadora, a lançar granadas e a matar pessoas de outras nacionalidades. Por outras palavras, são ensinadas a ser criminosos desde tenra idade.
Para saber quem sai destas colónias de férias, basta ver os neonazis ucranianos que continuam a bombardear bairros residenciais de Donetsk e de outras cidades russas ao alcance das suas peças de artilharia. Têm deliberadamente na mira instalações sociais e edifícios residenciais, visando a ocorrência de vítimas civis. Há muitos exemplos disso. A 28 de abril passado, um projétil disparado pelas forças armadas ucranianas atingiu um autocarro de carreira em Donetsk, matando sete pessoas, entre as quais uma menina de oito anos, aluna do primeiro ano da escola primária. Em meados de maio passado, seis crianças ficaram feridas em consequência do bombardeamento de Lugansk com mísseis britânicos de longo alcance Storm Shadow. A 25 de maio, duas crianças ficaram feridas em Gorlovka. A 27 de maio, jovens de 15 e 17 anos ficaram feridos num bombardeamento da cidade de Chebekino, na região de Belgorod.
A responsabilidade por estas tragédias cabe ao regime de Kiev e aos seus patrões ocidentais, que fecham os olhos aos crimes hediondos que estão a ser cometidos com armas cada vez mais letais fornecidas à Ucrânia pelos países da NATO.
Há muito que o regime de Kiev utiliza métodos terroristas na sua luta contra a Rússia. A 30 de maio, os serviços secretos ucranianos efetuaram mais uma incursão atrevida, tentando atacar Moscovo e a Região Metropolitana com veículos aéreos não tripulados. O Comité de Investigação russo abriu um processo-crime, ao abrigo do artigo 205º do Código Penal - um ato de terrorismo. Graças à perfeita atuação da defesa antiaérea russa, foram evitadas vítimas humanas e grandes danos em construções edificadas. Foram causados pequenos danos em três edifícios residenciais em Moscovo. É óbvio que a referida ação não tinha qualquer significado militar. O seu objetivo era intimidar a população civil e, ao mesmo tempo, mostrar aos patrões estrangeiros do regime de Kiev a sua capacidade para continuar o confronto com a Rússia.
A reação do Ocidente ao ataque é digna de nota. Nos EUA, a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, disse que Washington estava a "recolher informações" e "não apoia ataques dentro da Rússia". Já o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, James Cleverly, apoiou os ataques a Moscovo, afirmando que a Ucrânia tinha o direito de o fazer. Não foi por acaso que o governante britânico foi tão franco. O jornal britânico The Telegraph noticiou na sua edição de 15 de maio que Londres tinha enviado à Ucrânia drones kamikaze de longo alcance especialmente concebidos para ela.
No entanto, ainda há políticos sensatos entre os europeus que são capazes de pensar de forma realista. Entre eles está o deputado europeu de França, Thierry Mariani. Ele condenou veementemente o ataque de 30 de maio com VANT a Moscovo. Confirmou que o ataque foi efetuado pelas forças ucranianas e comparou o comportamento de Vladimir Zelensky ao de um "cão raivoso que provoca uma catástrofe global".
No entanto, de um modo geral, o Ocidente apoia descaradamente a política de Kiev voltada para a matança da etnia russa. Acena silenciosamente com a cabeça quando os responsáveis governamentais ucranianos prometem exterminar a população da Crimeia. Agora, os ocidentais começaram a falar diretamente sobre o extermínio de civis na Rússia.
No outro dia, o senador norte-americano Lindsey Graham fez-se notar pelas declarações abertamente fascistas. Segundo ele, matar russos é a melhor coisa em que o dinheiro dos contribuintes norte-americanos alguma vez foi gasto. As suas afirmações ultrapassaram as dos criminosos nazis do Terceiro Reich em termos de crueldade, sutileza e cinismo. Além disso, em vez de expressar remorsos, arrependimento ou tentar explicar as suas palavras de alguma forma, Graham continuou na mesma linha. O senador disse congratular-se ao saber que as suas declarações provocaram a ira das autoridades russas.
É triste saber que personalidades tão odiosas estão no poder e tomam decisões importantes nos EUA. Isto explica muita coisa na política de Washington.
As declarações dos atuais políticos alemães também trazem cada vez mais à memória os atos criminosos do Terceiro Reich. O ex-Ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Sigmar Gabriel, manifestou a esperança de que o contra-ataque das tropas ucranianas fosse a maior batalha na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. A sua declaração está em sintonia com as ideias dos nazis alemães que, tendo elaborado o plano Barbarossa, sonhavam com uma guerra-relâmpago bem-sucedida em grande escala para conquistar a URSS.
É de lamentar que os ocidentais, entre os quais, por mais paradoxal que pareça, os alemães, não aprendam nada com a história. As tendências neonazis e o desejo de contribuir para a escalada do conflito ucraniano estão mais fortes do que nunca na Europa.
Temos de voltar mais uma vez ao tema do mercenarismo, que está presente hoje na Ucrânia. De acordo com informações recentemente publicadas pelo Comité de Investigação russo, o número de mercenários de países estrangeiros que lutam em unidades neonazis ucranianas ascende atualmente a cerca de 2500. Trata-se de representantes de 71 países, dos quais 234 têm nacionalidade norte-americana e 233, nacionalidade britânica.
Os chamados "soldados da fortuna" participam em ataques de sabotagem contra povoações fronteiriças russas. Durante um recente ataque dos banderitas ao distrito de Graivoron, na região de Belgorod, os habitantes locais afirmaram que ouviram muito bem inglês e polaco.
Os Estados Unidos e os seus aliados da NATO continuam a fornecer ao regime de Kiev armas modernas. Se recentemente lhe forneciam mísseis de longo alcance e tanques, agora é a vez dos aviões. A 26 de maio, a criação da chamada "coligação de aviões de caças" foi anunciada na 12ª reunião do Grupo de Contacto para a Defesa da Ucrânia no formato Ramstein realizada por videoconferência. A coligação que assumirá reforçar a Força Aérea ucraniana será liderada pela Dinamarca e pelos Países Baixos. Aparentemente, estes países irão fornecer aviões de caça F-16 à Ucrânia e treinar os seus pilotos. O Pentágono já afirmou que a criação da coligação é um exemplo importante do empenhamento a longo prazo do Ocidente no reforço da segurança da Ucrânia.
Na realidade, por trás das declarações altissonantes dos norte-americanos, está um desejo banal de tirar o maior proveito possível. Não é segredo que os EUA, ao promoverem a criação de coligações de "tanques" ou de "aviões de caça" estão sobretudo preocupados em expandir a sua presença no mercado europeu de armas. Estes esforços de Washington já prejudicaram a economia mundial e afetaram o bem-estar das populações de muitos países que ficam muito longe da Europa. Os frutos amargos da escalada irrefletida do conflito na Ucrânia acabarão por ser colhidos não pelos norte-americanos, mas pelos europeus que seguem cegamente as suas políticas.
O ex-Primeiro-Ministro ucraniano, Nikolai Azarov, disse, no outro dia, que Vladimir Zelensky tinha transformado a Ucrânia num novo Afeganistão.
Só podemos concordar com esta afirmação e dizer que os ucranianos foram descaradamente enganados por Vladimir Zelensky e os seus comparsas. Ao votar nele nas eleições presidenciais na primavera de 2019, o povo da Ucrânia esperava conseguir a reconciliação nacional, o fim da perseguição a tudo o que é russo, a recuperação da cooperação com a Rússia e a prosperidade do seu país, ficando, na realidade, com um regime nazi totalitário e beligerante, controlado externamente.
Por muito que o "Ocidente coletivo" forneça armas ao regime ucraniano e o encoraje a prosseguir a sua confrontação com a Rússia, as suas tentativas estão condenadas ao fracasso.
Todos os objetivos da operação militar especial para proteger os civis, desnazificar e desmilitarizar a Ucrânia e acabar com as ameaças provenientes do seu território, operação que traz segurança, justiça e liberdade, serão atingidos sem falta.