Declaração do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia a propósito do atentado terrorista na Ponte da Crimeia

Na madrugada de 17 de julho, a Ponte da Crimeia foi alvo de outro ataque terrorista realizado por meio de drones marítimos ucranianos. Como resultado, uma das secções do leito da Ponte foi danificada.

Dois civis, a saber Aleksei e Natalia Kulik, do distrito de Novooskolski, na região de Belgorod, que estavam a atravessar a Ponte no seu carro, foram mortos. A sua filha Angelina, de 14 anos, ficou órfã e foi hospitalizada em estado moderado.

Kiev afirmou que o ataque fora o resultado de uma operação conjunta da Marinha e do Serviço de Segurança da Ucrânia, o que confirma a implicação da direção política e dos serviços secretos do país. A reação de alguns deputados ucranianos à tragédia dos Kulik foi ainda mais cínica e hedionda. Começaram a gozar com a tragédia do casal, o que nos permite ter uma ideia do nível moral e mental dos políticos de Kiev.

Foi aberto um processo-crime sobre o caso, no âmbito do qual estão a ser realizados procedimentos investigatórios necessários. Estamos convencidos de que os autores serão identificados e não escaparão à justiça. Se a investigação apurar que os drones marítimos que atacaram a Ponte eram de fabrico ocidental e que os países ocidentais estiveram envolvidos no planeamento, patrocínio e execução desta operação, tal confirmará que eles são cúmplices das atividades terroristas do regime de Kiev.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia condena veementemente o ataque terrorista contra a Ponte da Crimeia, uma instalação puramente civil. Esperamos que a comunidade internacional e os organismos multilaterais especializados venham a assumir uma posição de princípio e a fazer uma avaliação adequada deste outro crime cometido pelas autoridades ucranianas.

Os danos causados ao leito da Ponte da Crimeia pelo ataque terrorista serão reparados em curto prazo. Todas as tentativas de prejudicar as ligações de transporte com a península da Crimeia e de separá-la do resto da Rússia são notoriamente vãs.