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Resposta da porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Maria Zakharova, à pergunta da comunicação social sobre os novos dados obtidos pela investigação das atrocidades neonazis na localidade de Russkoi Porechnoie, na Região de Kursk

137-01-02-2025

 

Pergunta: O Comité de Investigação da Rússia publicou, na véspera,   novos dados sobre as atrocidades cometidas pelos militares ucranianos na localidade de Russkoie Porechnoie, na Região de Kursk. Em particular, são citadas as declarações de médicos legistas e militares que descrevem a crueldade desumana com que os civis foram mortos. A Rússia tenciona exigir que as organizações internacionais manifestem a sua condenação destes crimes?

Maria Zakharova: O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia  já fez uma avaliação detalhada destas atrocidades cometidas pelo regime de Kiev, tendo divulgado, num briefing, fotografias e vídeos e salientado que os jornalistas ficaram chocados. Os correspondentes que já tinham visto muita coisa não podiam acreditar que uma crueldade desumana tão incrível fosse possível no século XXI, mostrando a natureza feroz da escória terrorista. As informações obtidas, nomeadamente o facto de os neonazis ucranianos terem disparado intensamente contra os militares russos envolvidos na retirada dos corpos de civis mortos na localidade de Russkoie Porechnoie, confirmam mais uma vez a natureza criminosa do regime terrorista de Kiev. Obviamente, os extremistas sabiam que estavam a cometer um gravíssimo crime e tentaram destruir as provas.

Consideramos que é extremamente importante fazer saber a comunidade internacional sobre os crimes cometidos nos territórios temporariamente ocupados da Região de Kursk. As autoridades russas dispõem de um conjunto exaustivo de provas de operações punitivas realizadas pelos neonazis ucranianos contra a população civil que goza da proteção garantida por uma série de documentos internacionais, nomeadamente as disposições da Quarta Convenção de Genebra, que é vinculativa.

Deve ser dada especial atenção ao facto de os militares ucranianos praticarem uma repressão seletiva contra as camadas socialmente menos protegidas da população dos territórios ocupados, ou seja, contra os idosos. O material ilustrativo distribuído pelo Comité de Investigação da Rússia mostra claramente sinais de crimes graves cometidos durante o conflito armado: mãos atadas com fita adesiva, sinais de tortura, hematomas provocados por pancadas, ferimentos por arma de fogo, corpos de pessoas cujas mortes resultaram de horas de abuso por parte dos criminosos, provas de violação e outros atos violentos de natureza sexual.

A Direção-Geral de Investigação Militar do Comité de Investigação da Rússia instaurou um processo penal contra os militares ucranianos envolvidos no ato terrorista contra civis na Região de Kursk, ao abrigo da alínea b) do parágrafo 3.º do artigo 205.º do Código Penal da Federação da Rússia, que define o crime de "Ato terrorista que causa a morte de uma pessoa". Verificou-se que vários militares ucranianos pertencentes ao 92.º Batalhão de Assalto estiveram envolvidos nos crimes.

Partimos da tese de que a natureza sangrenta das ações dos militares ucranianos na Região de Kursk deveria ser amplamente debatida em fóruns internacionais, como a ONU, a OSCE e as suas estruturas especializadas, e registada por representantes do Comité Internacional da Cruz Vermelha, devendo ser alvo de procedimentos por parte de mecanismos internacionais de direitos humanos, incluindo organizações não governamentais. Estamos certos de que a verdadeira natureza da junta de Zelensky se tornou mais clara em Russkoie Porechnoie, cujo nome se tornou obviamente um dos fatores do regime russofóbico de Kiev e dos seus bandos armados: as atuais autoridades pós-Maidan estão a lutar contra tudo o que é russo com o apoio do "Ocidente coletivo".


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