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Principais pontos do briefing proferido pela porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Maria Zakharova, Moscovo, 18 de dezembro de 2024

2471-18-12-2024

Sobre a crise ucraniana

 

Os neonazis ucranianos não param de aterrorizar a população civil da Rússia, submetendo-a a bombardeamentos diários e a ataques com drones.

Na madrugada de 11 de dezembro, as forças armadas ucranianas lançaram um ataque com mísseis contra a cidade de Taganrog, danificando uma casa de caldeiras e incendiando 14 carros, sem que houvesse vítimas. Na manhã do mesmo dia, os ucranianos dispararam seis mísseis ATACMS norte-americanos contra o aeródromo militar da cidade. Todos foram abatidos pelo sistema de defesa antiaérea Pantsir. Algumas pessoas ficaram feridas após a queda de fragmentos dos mísseis.

A 14 de dezembro, os nazis ucranianos atacaram com drones uma casa residencial na aldeia de Maysky, na região de Belgorod, onde se encontrava uma mulher com filhos pequenos, matando o seu filho de nove anos. A sua filha de sete meses e ela própria ficaram feridas. No dia 15 de dezembro, um voluntário da unidade de autodefesa da aldeia de Terebrino morreu após ter sido atacado por um drone. Um ataque de drone a um camião nas proximidades da aldeia de Borki feriu o condutor. No dia 16 de dezembro, unidades de artilharia dos nazis ucranianos bombardearam Gorlovka, na República Popular de Donetsk, com projéteis de fragmentação de calibre NATO e utilizaram um drone para lançar um engenho explosivo contra um veículo de passageiros. Como resultado, uma pessoa morreu e quatro ficaram feridas.

Os nossos militares do grupo de exércitos "Centro" relataram que, após a libertação da aldeia de Petrovka, na República Popular de Donetsk, a 15 de dezembro, encontraram civis, sobretudo idosos, trancados nas caves das casas pelos nazis ucranianos que os tinham sujeito a abusos e privado de alimentos. As vítimas ficaram felizes por terem sido libertadas dos monstros neonazis ucranianos. Há casos de retirada à força de crianças locais pelos militares ucranianos.

Os meios de comunicação social ficaram a saber que as autoridades municipais da cidade de Kurakhovo, que está quase toda sob o controlo das tropas russas, receberam da "administração militar" ucraniana a ordem de recusar os pedidos de ajuda humanitária feitos em russo e de não ter em consideração o estado de saúde nem a idade do solicitante. Esta é que é a verdadeira barbárie e desumanização. Onde estão as organizações humanitárias? Onde estão todos aqueles que deveriam ter evitado que coisas assim acontecessem? Acontece que isso não lhes interessa. Aparentemente, estão mais dedicados aos problemas do assédio de toda a espécie e à disforia de género. Estas ações bárbaras têm como objetivo o genocídio da população por motivos linguísticos e étnicos.

Alguns dos neonazis ucranianos capturados dizem em bom russo que até pensam em russo, relatando, ao mesmo tempo, as suas "façanhas" nos territórios invadidos pela Ucrânia na Região de Kursk. Um militar ucraniano, A. Plombirus, que se rendeu aos nossos militares, contou como, por ordem dos seus comandantes, matou civis que não falavam ucraniano e também se disfarçou de militar russo para se aproximar das posições dos nossos soldados e matá-los.

Ontem, dia 17 de dezembro, o Tribunal Público Internacional para os Crimes de Neonazis Ucranianos divulgou um relatório elaborado com base nos depoimentos de vítimas e testemunhas, intitulado “O massacre de civis na cidade de Selidovo pelas forças armadas da Ucrânia”. O relatório é dedicado ao massacre de civis indefesos da cidade levado a cabo pelos militares ucranianos e "legionários" estrangeiros durante a retirada, a partir de 22 de outubro deste ano.

Os órgãos de comunicação social russos divulgaram imagens das consequências desta crueldade desumana. É impossível ler o que é descrito no relatório sem estremecer: em Selidovo, esquadrões de soldados ucranianos e mercenários, que dificilmente podem ser chamados de humanos, entravam nas casas e disparavam contra mulheres, homens e idosos à queima-roupa. Estes crimes de guerra extremamente brutais não prescrevem e serão alvo de uma investigação exaustiva para que todos os seus autores sejam julgados.

Os órgãos de segurança pública e o Ministério da Defesa russo obtiveram provas irrefutáveis de que as forças armadas ucranianas utilizaram repetidamente fósforo branco como "recheio" autoinflamável em munições lançadas por drones em setembro deste ano. Esta é uma prova de que a Ucrânia possui armas químicas que não foram destruídas em conformidade com os regulamentos internacionais, bem como a possibilidade de produzir substâncias tóxicas que contêm fósforo da lista 1 da Convenção sobre a Proibição do Desenvolvimento, Produção, Armazenamento e Utilização de Armas Químicas e sobre a sua Destruição.

As munições incendiárias recheadas de fósforo branco utilizadas pelos neonazis ucranianos são indiscriminadas e são proibidas pelo Protocolo III da Convenção de Genebra sobre a Proibição ou Limitação do Uso de Certas Armas Convencionais, não podendo ser utilizadas em zonas povoadas e nas suas imediações.

Os responsáveis e envolvidos nestas atrocidades serão, sem dúvida, processados em conformidade com a lei.

Os tribunais russos continuam a condenar neonazis ucranianos e mercenários estrangeiros por crimes de guerra.

O neozelandês J. O'Brien e o georgiano T. Tivadze foram condenados à revelia a 14 anos de prisão. Este último fez repetidamente declarações russofóbicas nas redes sociais.

Yu Pylypeyu, comandante de uma bateria de morteiros ucraniana, ordenou o bombardeamento da povoação de Mirny, no bairro de Kalmiussky, em Mariupol, a 8 de março de 2022, que resultou na morte de um civil e no ferimento da sua mulher. Por coincidência, a sua filha mais nova não foi ferida pelos fragmentos das munições. Pylypeyu foi condenado a 24 anos de prisão.

A. Matvishin, comandante do centro de operações especiais ucraniano “Oeste”, que ordenou ataques com drones nas Regiões de Kursk e de Bryansk, provocando pelo menos 12 feridos civis, foi condenado a 24 anos de prisão à revelia.

Os militares ucranianos V. Panchenko e I. Dmitrakov foram condenados a 15 e 14 anos de prisão, respetivamente. Ambos participaram na invasão da Região de Kursk e, estando ilegalmente no território da Rússia, dispararam contra civis com intenção de os matar.

O Supremo Tribunal da República Popular de Donetsk condenou o comandante de um pelotão ucraniano, V. Skorik, a 13 anos de prisão numa colónia penal de alta segurança, pela tentativa de assassínio de um civil em Mariupol.

As autoridades de segurança pública da Rússia continuarão a trabalhar para levar os neonazis ucranianos e os mercenários estrangeiros à justiça pelos seus crimes.

A 13 de dezembro, o Secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, anunciou que os EUA iriam fornecer um novo pacote de ajuda militar ao regime de Kiev no valor de 500 milhões de dólares. Trata-se do 73.º pacote de ajuda. Cada pacote de "ajuda" fornecido por Washington ao regime de Kiev torna-se "sacos pretos" para os ucranianos. O novo pacote incluirá munições para os lançadores múltiplos de foguetes HIMARS, munições para repelir drones, munições de artilharia de calibre 105 e 155 mm, mísseis anti-radar de alta velocidade, veículos anti-minas equipados com sistemas de defesa biológica, química, radiológica e nuclear, entre outros. Na semana passada, os EUA atribuíram dois pacotes de ajuda militar à Ucrânia, no valor de 725 e 988 milhões de dólares, respetivamente. Estes incluíam também munições para os lançadores HIMARS, drones e munições de artilharia. A Europa Ocidental está a tentar acompanhar o ritmo dos Estados Unidos. A 16 de dezembro, o primeiro-ministro norueguês, J.G. Støre, anunciou a decisão do seu governo de atribuir 242 milhões de dólares para "ajudar" a Marinha a "fazer frente" à frota russa no Mar Negro. Parte deste dinheiro será gasta na formação de marinheiros ucranianos num centro de formação na Roménia.

Entretanto, a embaixadora da Ucrânia nos Estados Unidos, Oksana Markarova, ficou alarmada ao descobrir que a Câmara dos Representantes do congresso norte-americano tinha retirado o item relativo ao empréstimo para Kiev do projeto de orçamento de defesa dos EUA para 2025. Sem esperar pela tomada de posse de Donald Trump, Washington prepara-se para cortar a ajuda aos seus pupilos ucranianos corruptos.

Os norte-americanos vão, obviamente, transferir a maior parte do fardo da ajuda financeira e militar ao regime de Volodimir Zelensky para os ombros da Europa Ocidental, onde os apelos para reduzir os benefícios sociais em favor do aumento das despesas com a famigerada "defesa" estão a tornar-se cada vez mais persistentes. Para os anglo-saxónicos, a Europa e a sua população são tradicionalmente materiais dispensáveis ou "danos colaterais" nas guerras mundiais e nos conflitos que provocam. Ao mesmo tempo, tudo o que os aliados entregarem ao regime agonizante de Kiev numa altura em que as forças armadas russas possuem supremacia militar no campo de batalha, será desviado, como de costume, por aqueles que usurparam o poder na Ucrânia e estão prontos a vender o seu país por nada aos seus "patrões" ultramarinos.

A bacanal desafiadora, descarada e bárbara no Mosteiro de Kiev-Pechersk continua. Já está a causar choque e horror aos próprios cidadãos da Ucrânia, que não têm qualquer simpatia além da sua própria pátria. No dia 15 de dezembro, as autoridades ucranianas organizaram um espetáculo de "folclore e música" e de culinária na Igreja do Refeitório. Trata-se do período de jejum natalício para os ortodoxos. Para a junta ucraniana, não há nada sagrado. Não se contentam com a profanação de locais sagrados para muitas pessoas. Agora, é a vez da palhaçada (o que mais se poderia esperar de um regime liderado por um "palhaço sangrento"?). Tudo isto é apresentado de forma cínica como o alegado ressurgimento da cultura nacional. Quem impediu a Ucrânia independente de a fazer ressurgir durante todos estes anos? Porque nada disto tem a ver com a cultura. Trata-se de um nacionalismo descontrolado.

As declarações de um dos "padres" da cismática "Igreja Ortodoxa da Ucrânia" evidenciam o nível desta pseudo-cultura. Afirmou publicamente que as igrejas da Igreja Ortodoxa Ucraniana canónica se destinam apenas a "ser casas de banho públicas", porque, segundo ele, a Igreja Ortodoxa Ucraniana é "inimiga do Estado".

No cristianismo, há muitas correntes diferentes que, em tempos, se separaram de forma bastante dolorosa. Atualmente, existem muitas oportunidades para aprender a história do cristianismo e evitar cometer os erros que, infelizmente, foram cometidos pelos nossos antepassados. Não se trata apenas de erros que estão a ser cometidos, mas de uma destruição deliberada dos conceitos sobre o cristianismo na Ucrânia. Como pode um cristão, independentemente da denominação cristã a que pertença, dizer uma coisa destas?

Por muito que o regime agonizante de Volodimyr Zelensky tente blasfemar e zombar dos sentimentos dos cristãos ortodoxos, não conseguirá quebrar a sua verdadeira fé.

Gostaríamos de recordar que, para uma verdadeira igreja, o templo é um lugar onde as pessoas rezam a Deus e não um local para programas gastronómicos, espetáculos e, muito menos, numa altura em que se exige humildade.

Estes factos confirmam, mais uma vez, a relevância da operação militar especial para desnazificar e desmilitarizar a Ucrânia e eliminar as ameaças que emanam do seu território. Todos os seus objetivos serão definitivamente alcançados.


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